segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Olhar o Mar nos olhos não custa assim tanto


Nós e a flutuação do vento que não existe

A força nula que bate nos nossos corpos e nos trespassa

Continua assim um destino sem fim

As ruas que não terminam e as curvas que ficam apertadas

Os céus mais que um a abrirem-se e a quererem dizer coisas que não são para já

Não me puxem para dentro do mundo

A culpa deve ser do deus dos relógios sem horas certas

O homem que se fez menino num abraço apertado e sentido

Mudo de palavras feitas para mim

Quero-as agora e não depois

São minhas para ter

São de mim para saber quem és e onde habitas

Fala

Perde-me no caminho e volta atrás onde eu devia ter ficado

Vê que não estou ali

Compreende o que não aconteceu porque não é tempo

Dá-me tempo

Dá-nos tempo a cheirar

Percebe-me no esquecimento de tudo o que é nosso

O que te disseram sobre o amor tão puro

Tu e o teu ideal de sabor eternamente virgem

Porque é que nós nos encontrámos?

Não sei nada e ainda menos que do que sabia antes

A preocupação já não me ocorre

Os dias já não amam tanto a noite assim

Perdidamente entendes?

Contigo me despedi num Adeus até breve

Até sempre

Perto ou longe

Em terra ou em mar

Na cidade ou na quinta

Com eles ou sem eles

Nós e o nosso abismo fundo de coisas brilhantes

É por mim mulher que aqui vieste

Para eu compreender o que podes ser e seguir sem ti

Meter-te no meu bolso de lágrimas felizes

Guiar-te em segredo por dentro

Envolvido em óleo de amor

Gosto do ser que reflectes

By Princess Salad



P.S:

O enlaço dos meus dedos nas tuas mãos

Os Mistérios presos a quererem viver

Os cantos dos olhos com medo de tanta força

Good to see you...

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