sábado, 25 de setembro de 2010

The look and language of us


Quando me olhas assim, como que a querer rebentar o vidro que nos separa por essa vontade que tens…

Fazes-me olhar-te assim, com vontade de tornar a bebida em vapor, fazer o copo desaparecer e cair nos teus lábios que me chamam…

Eu aguento os teus olhos nos meus, não esperes que baixe o meu olhar, isso não vai acontecer…

Os meus lábios estão fechados, os teus estão meio abertos, que necessidade tens tu de me provocares…

Eu sei resistir-te, eu quero resistir-te, e tu, o que é que tu queres?

Despe-te bruscamente, despe-me lentamente e atira-nos para este liquido quente e vermelho vivo que fluí entre nós dentro de um copo…

Bebe de mim e eu beberei de ti, vamos matar a sede na nesta fonte de vida e de sensações…

Entretanto... lá fora os nossos olhos continuam a defrontar-se…

E nós aqui…a reinar na liberdade de sorrisos silenciosos…

Dou um mergulho e puxo-te para baixo, dou-te ar directamente na tua boca…

Encostas-me contra o vidro e olhas-me daquela forma…

O meu olhar em fogo imerso a querer sair de mim…

O vidro a querer quebrar…

Tu pedes-me que não vá…

Mas…

O vidro parte-se…o liquido é empurrado a favor da gravidade e nós separados por uma força brutal…

Nós…novamente no ponto de partida…olhamo-nos e sentimo-nos…

Sabemos o que queremos…

Relembramos o que vivemos...

Quem vai morder o copo e partir esta barreira entre nós?...

Já sinto os nossos peitos molhados e vermelhos…

Perde-te para te encontrares…

Sem comentários:

Enviar um comentário